terça-feira, 1 de setembro de 2009

Design Instrucional em EAD

Design instrucional pode ser definido como o planejamento do ensino-aprendizagem. O planejamento das atividades, das estratégias, dos sistemas de avaliação, dos métodos e dos materiais instrucionais.

Filatro define Design Instrucional como “Processo intencional e sistemático de planejar, desenvolver e aplicar métodos, técnicas, atividades e materiais de ensino, a partir dos princípios de aprendizagem e instrução, a fim de favorecer a aprendizagem.” (FILATRO, 2007.)

Para a melhor compreensão do Design Instrucional, é importante dizer que é composto pelas seguintes fases:

  1. Análise: identifica as necessidades de aprendizagem, define os objetivos instrucionais e levanta restrições envolvidas;
  2. Design e desenvolvimento: planeja a instrução e elabora os materiais e produtos instrucionais;
  3. Implementação: capacita e ambienta os docentes e alunos à proposta de design instrucional e realiza a situação de ensino-aprendizagem;
  4. Avaliação: acompanha, revisa e faz a manutenção do sistema proposto.
Os modelos que caracterizam os modelos de Design Instrucional de cursos a distância podem ser classificados como: fixo, aberto e contextualizado.

O modelo fixo, também definido como “modelo de engenharia” (FILATRO, 2007, p 15.), é o modelo tradicional, focado na produção de materiais didáticos reproduzidos em grandes quantidades e podem dispensar a intervenção do professor. A organização do curso, o conteúdo, as abordagens instrucionais e os materiais de aprendizagem são determinados com antecedência. Os objetos da aprendizagem são fundamentados em um modelo fixo e inalterável, utilizam mídias sofisticadas e materiais bem estruturados.

No modelo aberto, também definido como “modelo bricolage” ou “design on-the-fly” (FILATRO, 2007, p 15.), aos professores e alunos é permitida a participação em todo o processo. Podem fazer alterações nas atividades durante a sua implementação, o que possibilita personalização e contextualização. Os objetos de aprendizagem são menos estruturados e utilizam menos mídias, há o papel do professor ou tutor como facilitador da aprendizagem durante a fase de implementação.

O modelo contextualizado, segundo Filatro (FILATRO, 2007, p 3.), pode ser definido como “a ação intencional de planejar, desenvolver e aplicar situações didáticas específicas que, valendo-se das potencialidades da Internet, incorporem, tanto na fase de concepção como durante a implementação, mecanismos que favoreçam a contextualização e a flexibilização”.

Para Filatro (FILATRO, 2007, p 3.), as características do modelo contextualizado são:
  1. maior personalização aos estilos e ritmos individuais de aprendizagem;
  2. adaptação às características institucionais e regionais;
  3. atualização a partir de feedback constante;
  4. acesso a informações e experiências externas à organização de ensino;
  5. possibilidade de comunicação entre os agentes do processo (professores, alunos, equipe técnica e pedagógica, comunidade); e
  6. monitoramento automático da construção individual e coletiva de conhecimentos.
FILATRO, Andréa. Planejamento, design, implementação e avaliação de programas de educação on-line. Disponível em http://www.repositorio.seap.pr.gov.br/arquivos/File/material_didatico_EaD/andrea_filatro_apostila.pdf. 2007.

Nenhum comentário:

Postar um comentário